2. Sinônimos
3. Dicionário
O truque é que eu só posso escolher o álbum pela minha opinião naquele ano. Um olhar retrospectivo seria injusto, por exemplo, com a escolha do melhor álbum de 1999, do auge dos meus treze anos.
Pra começar a série, vamos então ao começo da minha adolescência e o que moldava minha jovem cabecinha (além é claro, de álbuns mais antigos, mas eles não fazem parte da brincadeira). Tive que fazer uma certa pesquisa, mas estou bastante convicta do resultado.
Nas referências a seguir, o link pros clipes destes singles. No mínimo, divertido. Não, não tem música brasileira, fiquei com preguiça.
1999 foi o ano em que lançaram Cristina Aguilera e Britney Spears no mundo da música. O ano em que os Backstreet Boys lançaram o primeiro CD que não fez tanto sucesso. Também teve os singles chicletes de Smash Mouth e Bloodhound Gang, insuportáveis. Pior que as duas juntas, Mambo n°5, do one hit single Lou Bega! No Scrubs, do TLC e umas vinte músicas idênticas do Goo Goo Dolls (ah, Iris...), são referências fáceis pra atestar que definitivamente era o ano do pop. Mas nenhum desses foi o melhor disco do ano.
Ah, a pureza dos anos 90...
Nookie do Limp Bizkit e My Name Is, do Eminem também são deste ano, mas que também não faziam a minha cabeça. Já Last Kiss, do Pearl Jam, foi cantada e tocada até o limite da sanidade!
Foi também o ano em que os White Stripes lançaram seu primeiro álbum, The Donnas o terceiro. E eu ainda não conhecia estes novos rocks. Muito menos saberia que White Stripes viria a ser uma das melhores bandas da próxima década e The Donnas... Não.
O acústico da Alanis e o Best of do Sublime, que fariam a trilha sonora das viagens de verão de todo mundo que eu conhecia, também foram lançados neste ano. E o Live Era, do Guns and Roses (será que naquela época eles já prometiam o fiasco Chinese Democracy?) com a fofa It’s Alright.
E esses eu ouvi. Muito.
Teve até Make Yourself, do Incubus, que divide um honroso segundo lugar, porque eu ouvi a valer. Divide, no caso, com Rage Against the Machine, no Battle of Los Angeles, que, bem longe do pop, também marcou o fim da década. E do RATM.
Mas teve O álbum. Que todo mundo ouviu, lançado em sete de julho de 1999, produzido por Rick Rubin, e que ainda por cima tinha a volta do John Frusciante.
O sétimo álbum de estúdio do Red Hot Chili Peppers: Californication.
Foi com este álbum que eu aprendi o conceito de ‘vaca leiteira’. Seis singles! Cara, é muito single. E que todo mundo deve saber cantar de cor até hoje.
Primeiro, a cláááássica e hoje inescutável de tão saturada, Scar Tissue. Depois Around The World, que me fez começar a ter aula de bateria. Não satisfeitos, lançaram Other Side, que tem um dos clipes mais legais da época. Quer mais? Californication. Acabou? Não, ainda teve Parallel Universe e Road Trippin, que não explodiram como as outras, mas também, chega.
Eles ganharam um milhão de prêmios. Esta turnê veio pro Brasil, em 1999 mesmo, eu fui! E sei que não estou sozinha em ter ouvido muito este álbum, que hoje é inaudível de tanto ter sido tocado pelas rádios e pela televisão.
Mas marcou época, e por isso ganha como melhor álbum de 1999, na minha humilde opinião.
Semana que vem, o começo da virada, os anos 2000!
Ou um pouco mais. Deu bastante trabalho esse post!