Mostrando postagens com marcador Esporte. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Esporte. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Alguma coisa sobre a Copa do Mundo


Quando essa Copa começou, devo admitir que não estava muito envolvida. Talvez porque a Suécia não tenha nem classificado, talvez porque essa seleção brasileira não tem o menor carisma e os auês em cima do Dunga me dão sono.

Mais do que isso, essa comoção nacional em cima da Copa, todo mundo com bandeira... Me deixa meio deprimida. Nada contra tudo isso, mas o que eu queria mesmo é que as pessoas fizessem isso em época de eleição, de independência, sei lá, mas que o orgulho nacional não se apoiasse em bases tão... Efêmeras.

Ainda mais porque é óbvio que o Brasil não vai ganhar essa Copa. Como ele vai ganhar a próxima, em casa, já vai ser hexa. Se fosse virar hepta, ia ficar tão longe que os outros times iam perder o interesse. Não estou sugerindo que seja tudo pago e combinado. Chamem de karma se quiserem, de palpite, pra mim tanto faz.

Mas enquanto isso a Copa foi começando... Aquele primeiro jogo da Alemanha foi sensacional, dois dias depois teve o jogo da Dinamarca e da Holanda, e eu, que estava torcendo para os dois, fiquei com sentimentos ambíguos quando meus primos escandinavos fizeram um gol contra. E nessas, já estava ficando envolvida.

Uma amiga eslovena tinha brincado que se a Eslovênia passasse pra segunda fase, ia ser feriado nacional. Eu achei engraçado, mas depois me toquei que aqui qualquer jogo do Brasil na Copa é feriado nacional. E assim foi na estréia, 202km de trânsito em São Paulo às 15:00hrs, e muita expectativa. Eu perdi o bolão (tinha apostado 3x1), mas me diverti.

Aí meu primo (sueco) me diz que está juntando dinheiro e quer vir pra Copa em 2014. Eu não consegui nem ficar feliz por vê-lo, fiquei só agoniada pensando no caos de estádios e projetos inacabados, robalheira a solta, colapso do sistema aéreo e rodoviário do país.... E sempre me choca que não se discutem esses projetos num debate mais amplo, e nem IAB, nem FNA, nem AsBEA, nem mesmo a FeNEA reinvindicam esse direito no mínimo ao debate, que dirá de abrir concursos públicos nacionais pra criação de projetos. Aproveitar a chance da Copa (e Olimpíada) com espírito empreendedor, usando a injeção de dinheiro e olhos pra cá para repensar nossos modelos de cidade, nossos ícones urbanos.

Ainda por cima vem a notícia que o Morumbi foi vetado. Depois do projeto do Ruy Ohtake, depois do projeto do escritório alemão especializado em estádios. E que a decisão era puramente política por questões do Ricardo Teixeira com o São Paulo. Faltando quatro anos pra Copa, Copa está que cria feriados e representa uma parcela assustadora do orgulho nacional. E arquitetos e urbanistas que lêem a notícia no jornal pela manhã, saem pra trabalhar e nada fazem a respeito. Fiquei meio deprimida de novo.

Mas continuei vendo os jogos, vendo o Brasil, vendo a Dinamarca, a Eslovênia... E realmente, Copa é muito legal. Só a vuvuzela e algumas coisinhas que mencionei acima que não o são.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Planeta Terra e lições inusitadas de urbanismo

Em tempos de Copa do Mundo e Olimpíada no Brasil, discutir equipamentos urbanos por aqui ganha novo fôlego, e ainda que infelizmente não na mesma proporção que a quantidade de cagadas que serão cometidas, podem levar a boas coisas.
O que me remeteu a isso não foi criticar o plano do Rio pra 2016, com projeto assinado pelo Sr. X, mudanças que o COI não aprova, que depois são desmentidas e essa salada toda, nem mesmo o projeto do Artigas para o Estádio do Morumbi sendo reformado pelo Ruy Otahke.

Por que falar disso e não falar de bons e inusitados exemplos de apropriação de equipamentos urbanos que as cidades já tem, como o Planeta Terra fez com o Playcenter neste fim de semana?

O festival já vinha por este caminho quando se apropriou da Vila dos Galpões, na zona Sul da cidade. Infelizmente o complexo foi demolido para dar lugar ao novo camelódromo da cidade, e que em teoria vai desafogar o Largo 13.

Antigo layout do Terra.

Isso em si já é um absurdo, ainda mais considerando o que o Mauger bem apontou: patrimônio histórico industrial de São Paulo não é a meia dúzia de galpões de tijolinho no Brás, mas sim estes empreendimentos em concreto armado dos anos 1960. Como a nossa cidade pratica uma permanente destruição da memória, lá se foi a Vila.

Só que isso deu chance de eles descobrirem o Playcenter, e foi a descoberta mais esperta desde o sorvete de goiaba com queijo.

Passagem de som do N.A.S.A. e Casa Dos Horrores


Porque eles acharam um lugar com infra pra dezenas de milhares de pessoas passarem em um dia, entretenimento a valer, espaço para shows com qualidade, e a chance de fazer alguma coisa totalmente diferente.

Teve gente que achou que a comida estava meio ruim (pra mim sempre é) e não tinha opções sem carne, mas ter um banheiro de verdade, limpo, sem fila e com papel às 3hrs da matina compensam tudo isso. E isso é mérito do Playcenter.

Assim como poder ir em um monte de brinquedos sem fila, me refrescar no brinquedo de água com o calor do cão que fez durante o dia e rir que nem bocó no carrinho de bate-bate, ouvindo boa música e cercada de gente que parecia tão feliz quanto eu de se ver naquela situação.

Eu fiquei realmente encantada.

E entendo perfeitamente que parque de diversões e música não tem nada que ver com esporte, mas eu realmente acho que esse tipo de iniciativa tem que ser lembrada quando JÁ estão reformando os equipamentos que fizeram pro Pan – e falaram que iam servir pras Olimpíadas – porque estão pequenos/obsoletos/mal cuidados.


É, teve shows incríveis também, o Iggy se superou, o N.A.S.A. foi fenomenal... E umas outras coisas que foram só ok. Mas disso a gente fala depois.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

O meme mais legal da galáxia [2]











*
*
Começou assim: É fácil: Pegue todas as suas referências sobre personagens do mundo e monte um time de futebol. Isso, aplique toda sua experiência de estádio/sofá e imagine todos aqueles caras, mulheres ou wookies mais fudidos e coloque-os para disputar uma peladinha.

Mas eu não achei nada fácil.

Depois de semanas tentando, ajuda concedida, ainda faltavam-me dezenas de jogadores. Daí resolvi mudar as regras para moldarem-se aos meus interesses. E resolvi fazer meu time com personagens históricos.

Ficou assim:

Goleiro: Saladino. Esguio e astuto, tem controle total do que (não) passa por ele. Por seu incrível e sereno comando, é também o capitão da equipe.

Lateral Esquerdo: Zumbi dos Palmares. “Se tornou conhecido pela sua destreza e astúcia na luta e já era um estrategista militar respeitável quando chegou aos vinte e poucos anos”. Porque não adianta colocar as maiores feras militares de todos os tempos sem uma fera militar com sangue nacional.

Lateral Direito: (Sitting Bull) Chefe Touro Sentado. Pra começar que este nome sempre me alegra. Depois é um chefe sioux, peça essencial pra qualquer time de sucesso. Mais ainda, segura o time no lugar com suas palavras bem escolhidas.

Zagueiro 1: Lancelot. Guerreiro, herói celta, amigão do Rei Arthur, viu o Santo Graal, e agora quer provar que manda bem também no campo.

Zagueiro 2: Robin Hood. Apesar de gringo tem a ginga, e está pronto pra tirar a bola dos que não lhe merecem e marcar gols para os sofredores. Praticamente um corinthiano.

Volante: Garibaldi. Astuto, manja de comando em qualquer parte de mundo e leva o jogo aos seus interesses.

Meia esquerda: Rosa Luxemburgo. Mais macha que muito homem, joga pesado e não se intimida fácil. Melhor sair do caminho dessa revolucionária arretada.

Meia direita: Leônidas de Esparta. Controlando, segurando, detonando. Desistir, jamais!

Meio central: Mario de Andrade. Engrossando o caldo nacional, porque reza a lenda que quando Mário entra em campo, baixa o Macunaíma e daí vira um deus nos acuda.

Atacante: Affonso Eduardo Reidy. Não dava pra fazer time de futebol sem carioca... Daí já juntei com a vontade de arquiteto no time. Arquitetando belas jogadas no aterro do Flamengo (sim, infame).

Centroavante: Alexandre, o Grande. Apesar de atarracado, esta fera baixinha de um olho de cada cor vai mostrar do que um Macedônio é feito: sede de gol.

Técnico: Napoleão, como não! Ninguém mais qualificado para conquistar tudo do que alguém que conquistou tudo. Desta vez armado com Estomazil e deixando a Rússia pra lá.

Proooontinho! Quem se habilita a me ganhar?

Eu mando fazer:
Leila
Livoca