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Colégio Cataguases, Oscar Niemeyer.
Colégio Cataguases, Oscar Niemeyer.
estilo/hype
E o povo hype? Ah, o povo hype tava lá em peso, com coletinhos, botinhas, cabelinho penteado para parecer que estava penteado, calça jeans bem justinha, sem boné, sem pochete e...sem diversão. Eu sei que eles suavam tanto quanto eu; eu sei que eles gostariam muito de ter ido no brinquedo da água. A banda representante estava lá, Copacabana Club, mas nem vi o show. Hype, passou. Maximo Park, minha banda aposta, tocou no mesmo horário. Aposta certa!
Macaco Bong, power-trio-dygno, ahazando no palco e o lugar ainda vazio...Será que o Espírito do Festival só estava com a Mina, Spuri, Gu, Zé e Tânia??? Macaco Bong
Fomos descobrir. Brinquedos, avante! Queríamos contagiar o Playcenter com este Espírito tão nobre. Primeira parada, segunda parada e terceira parada, foi o brinquedo da água (Waimea)! Diversão refrescante na primeira fileira do carrinho. Mina e eu, encharcadas, ainda queríamos mais água e então paramos na ponte e esperamos pela
onda. Tchuáááááá!Waimea
Montanha Russa
Com o Paul Smith
Agora sim, muito sol e colocamos o boné. A fila do carrinho de bate-bate estava curta, então, lá vamos nós! Escutei os primeiros acordes dos Móveis Coloniais de Acaju e a ansiedade veio me encontrar. Eu nem sei como descrever a emoção de brincar no carrinho bate-bate e muito menos, contar como foi inédito e pontual o choque final entre Mina e eu, ao tocar do sino que indica o término da farra. Ah, foi incrível!!!
Daí em diante, o dia seguiu feliz, os Móveis Coloniais tocaram com vivacidade e roubaram meu coração antes mesmo que eu pudesse o entregar pro Maximo Park, Metronomy e Patrick Wolf (que vai ganhar um post particular pela grande e brilhante performance).
Móveis Coloniais de Acaju
Água, mais água. A chuva veio e, Mina e eu estávamos preparadas, certamente. Se antes já atraíamos olhares pelo nosso visual casual, agora então...!
( pausa dramática )
Vale lembrar, que o Spuri amarrou/colocou/fez-um-laço-curioso-na-cabeça com o lenço bonito da Mina e, assim, formamos um trio pra lá de charmoso e místico.
Nesses trajes, assistimos ao show do Metronomy!
Daí em diante, noite adentro, madrugada a fora, me perdi dos companheiros de batalha, mas, encontrei com o Thomaz no show do N.A.S.A e quase ficamos surdos!
Ah, agora sim!!! O Espírito contagiante estava na cara e bebida de todos!!! Todo mundo viu o traseiro do Iggy Pop, o Cubo do Étenne de Crecy, o quase-tombo do Patrick Wolf, a dancinha do Ting Tings, a monotonia do Primal Scream, o peso do Sonic Youth, a dança-robô do NASA, a alegria dos Móveis Colonias de Acaju, as luzes do Metronomy e a simplicidade do Macaco Bong.
O cubo
Avaliação dos show de acordo com o meu critério inspirado no twitter:
# Cê ta me zuando? Eu amei!
# não senti nada
# Achei bem bom, mas pra falar a verdade, eu só vi duas músicas e a bunda dele.
# nem vi, mas achei ruim
# nem vi
# oi?
# Boto fé!
# eu tava vendo Metronomy, mas parece que foi bom!
Vamô lá!
.SONORA MAIN STAGE
-Macaco Bong: #Boto fé!
- Móveis Coloniais de Acaju: # Cê ta me zuando? Eu amei!
- Maximo Park: # Cê ta me zuando? Eu amei!
- Primal Scream: # não senti nada
- Sonic Youth: # eu tava vendo Metronomy, mas parece que foi bom!
- Iggy Pop: # Achei bem bom, mas pra falar a verdade, eu só vi duas músicas e a bunda dele.
- Étiene de Crécy: # não senti nada (mas, o cubo era lindo)
.COCA-COLA ZERO STAGE:
- Fuja Lourdes (se não me engano): # nem vi
- EX!: # oi?
- Copacabana Club: # nem vi, mas achei ruim
- Patrick Wolf: # Cê ta me zuando? Eu amei!
- Metronomy: # Cê ta me zuando? Eu amei!
- The Ting Tings: # Boto fé!
- N.A.S.A: # Boto fé!
- Anthony Rother: # oi?
Ficou muito pessoal?
Por que falar disso e não falar de bons e inusitados exemplos de apropriação de equipamentos urbanos que as cidades já tem, como o Planeta Terra fez com o Playcenter neste fim de semana?
Antigo layout do Terra.
Isso em si já é um absurdo, ainda mais considerando o que o Mauger bem apontou: patrimônio histórico industrial de São Paulo não é a meia dúzia de galpões de tijolinho no Brás, mas sim estes empreendimentos em concreto armado dos anos 1960. Como a nossa cidade pratica uma permanente destruição da memória, lá se foi a Vila.
Só que isso deu chance de eles descobrirem o Playcenter, e foi a descoberta mais esperta desde o sorvete de goiaba com queijo.
Passagem de som do N.A.S.A. e Casa Dos Horrores
Porque eles acharam um lugar com infra pra dezenas de milhares de pessoas passarem em um dia, entretenimento a valer, espaço para shows com qualidade, e a chance de fazer alguma coisa totalmente diferente.
Teve gente que achou que a comida estava meio ruim (pra mim sempre é) e não tinha opções sem carne, mas ter um banheiro de verdade, limpo, sem fila e com papel às 3hrs da matina compensam tudo isso. E isso é mérito do Playcenter.
Assim como poder ir em um monte de brinquedos sem fila, me refrescar no brinquedo de água com o calor do cão que fez durante o dia e rir que nem bocó no carrinho de bate-bate, ouvindo boa música e cercada de gente que parecia tão feliz quanto eu de se ver naquela situação.
Eu fiquei realmente encantada.
E entendo perfeitamente que parque de diversões e música não tem nada que ver com esporte, mas eu realmente acho que esse tipo de iniciativa tem que ser lembrada quando JÁ estão reformando os equipamentos que fizeram pro Pan – e falaram que iam servir pras Olimpíadas – porque estão pequenos/obsoletos/mal cuidados.
É, teve shows incríveis também, o Iggy se superou, o N.A.S.A. foi fenomenal... E umas outras coisas que foram só ok. Mas disso a gente fala depois.