segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Arquitetura e Música - o retorno.

A Casa do Oscar

"A casa do Oscar era o sonho da família. Havia um terreno para os lados da Iguatemi, havia o anteprojeto, presente do próprio, havia a promessa de que um belo dia iríamos morar na casa do Oscar. Cresci cheio de impaciência porque meu pai, embora fosse dono do Museu do Ipiranga, nunca juntava dinheiro para construir a casa do Oscar. Mais tarde, num aperto, em vez de vender o museu com os cacarecos dentro, papai vendeu o terreno da Iguatemi. Desse modo a casa do Oscar, antes de existir, foi demolida. Ou ficou intacta, suspensa no ar, como a casa no beco de Manuel Bandeira. Senti-me traído, tornei-me um rebelde, insultei meu pai, ergui o braço contra minha mãe e saí batendo a porta da nossa casa velha e normanda: só volto para casa quando for a casa do Oscar! Pois bem, internaram-me num ginásio em Cataguases, projeto do Oscar. Vivi seis meses naquele casarão do Oscar, achei pouco, decidi-me a ser Oscar eu mesmo. Regressei a São Paulo, estudei geometria descritiva, passei no vestibular e fui o pior aluno da classe. Mas ao professor de topografia, que me reprovou no exame oral, respondi calado: lá em casa tenho um canudo com a casa do Oscar. Depois larguei a arquitetura e virei aprendiz de Tom Jobim. Quando minha música sai boa, penso que parece música do Tom Jobim. Música do Tom, na minha cabeça, é casa do Oscar."

Chico Buarque

Colégio Cataguases, Oscar Niemeyer.


Obs.: Bédora, feliz aniversário!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Festival Planeta Terra 2009 - O relato pessoal e o espírito contagiante e a água

Passados exatos 11 dias do Festival Planeta Terra 2009 e a euforia envolvida, faço esse post com tranquilidade, acuidade e sem rimas.

A preparação para o grande evento foi combinada pelo telefone; Mina e eu decidimos o figurino confortável e chegamos ao consenso de como seria desagradável se chovesse e molhasse nossos calçados. O figurino foi simples e muito eficiente: bermudas, regata, meia, all-star + acessórios: óculos escuros, documentos, ingresso, celular, boné e capa-de-chuva (e a Mina ainda tinha um lenço bonito). Mas, onde guardamos tudo isso? Na pochete, claro.

Assim sendo, Mina e eu estávamos preparadas para o festival, com vontade de nos aventurarmos nos brinquedos do Playcenter; entusiasmadas para conhecer bandas novas e pouco nos importando em usar o boné no meio do povo hype. Estávamos imersas no Espírito do Festival!!!

estilo/hype

E o povo hype? Ah, o povo hype tava lá em peso, com coletinhos, botinhas, cabelinho penteado para parecer que estava penteado, calça jeans bem justinha, sem boné, sem pochete e...sem diversão. Eu sei que eles suavam tanto quanto eu; eu sei que eles gostariam muito de ter ido no brinquedo da água. A banda representante estava lá, Copacabana Club, mas nem vi o show. Hype, passou. Maximo Park, minha banda aposta, tocou no mesmo horário. Aposta certa!

Maximo Park

Macaco Bong, power-trio-dygno, ahazando no palco e o lugar ainda vazio...Será que o Espírito do Festival só estava com a Mina, Spuri, Gu, Zé e Tânia??? Macaco Bong

Fomos descobrir. Brinquedos, avante! Queríamos contagiar o Playcenter com este Espírito tão nobre. Primeira parada, segunda parada e terceira parada, foi o brinquedo da água (Waimea)! Diversão refrescante na primeira fileira do carrinho. Mina e eu, encharcadas, ainda queríamos mais água e então paramos na ponte e esperamos pela onda. Tchuáááááá!

Waimea

Agora, as pessoas já sorriam para gente, apesar da pochete, e muitas se direcionavam para o brinquedo da água.
Aí, sentamos no banco para torcer as meias! Sim, calçados molhados!
Montanha Russa, lá vamos nós! Gu e eu. Oi, Marginal Tietê! Oi, Playcenter! Oi, Marginal Tietê! Cabelos ao vento.

Montanha Russa

E, assim tão lindas, fomos tirar foto com o Paul Smith, vocalista do Maximo Park, que passeava pelo parque. Ele foi tão simpático que a foto ficou ótema! (um grande abraço pro meu pseudônimo!)

Com o Paul Smith

Agora sim, muito sol e colocamos o boné. A fila do carrinho de bate-bate estava curta, então, lá vamos nós! Escutei os primeiros acordes dos Móveis Coloniais de Acaju e a ansiedade veio me encontrar. Eu nem sei como descrever a emoção de brincar no carrinho bate-bate e muito menos, contar como foi inédito e pontual o choque final entre Mina e eu, ao tocar do sino que indica o término da farra. Ah, foi incrível!!!

Daí em diante, o dia seguiu feliz, os Móveis Coloniais tocaram com vivacidade e roubaram meu coração antes mesmo que eu pudesse o entregar pro Maximo Park, Metronomy e Patrick Wolf (que vai ganhar um post particular pela grande e brilhante performance).

Móveis Coloniais de Acaju

Água, mais água. A chuva veio e, Mina e eu estávamos preparadas, certamente. Se antes já atraíamos olhares pelo nosso visual casual, agora então...!


( pausa dramática )








Vale lembrar, que o Spuri amarrou/colocou/fez-um-laço-curioso-na-cabeça com o lenço bonito da Mina e, assim, formamos um trio pra lá de charmoso e místico.

Nesses trajes, assistimos ao show do Metronomy!

Daí em diante, noite adentro, madrugada a fora, me perdi dos companheiros de batalha, mas, encontrei com o Thomaz no show do N.A.S.A e quase ficamos surdos!

Ah, agora sim!!! O Espírito contagiante estava na cara e bebida de todos!!! Todo mundo viu o traseiro do Iggy Pop, o Cubo do Étenne de Crecy, o quase-tombo do Patrick Wolf, a dancinha do Ting Tings, a monotonia do Primal Scream, o peso do Sonic Youth, a dança-robô do NASA, a alegria dos Móveis Colonias de Acaju, as luzes do Metronomy e a simplicidade do Macaco Bong.

O cubo

Avaliação dos show de acordo com o meu critério inspirado no twitter:

# Cê ta me zuando? Eu amei!
# não senti nada
# Achei bem bom, mas pra falar a verdade, eu só vi duas músicas e a bunda dele.
# nem vi, mas achei ruim
# nem vi
# oi?
# Boto fé!
# eu tava vendo Metronomy, mas parece que foi bom!

Vamô lá!

.SONORA MAIN STAGE

-Macaco Bong: #Boto fé!
- Móveis Coloniais de Acaju: # Cê ta me zuando? Eu amei!
- Maximo Park: # Cê ta me zuando? Eu amei!
- Primal Scream: # não senti nada
- Sonic Youth: # eu tava vendo Metronomy, mas parece que foi bom!
- Iggy Pop: # Achei bem bom, mas pra falar a verdade, eu só vi duas músicas e a bunda dele.
- Étiene de Crécy: # não senti nada (mas, o cubo era lindo)


.COCA-COLA ZERO STAGE:

- Fuja Lourdes (se não me engano): # nem vi
- EX!: # oi?
- Copacabana Club: # nem vi, mas achei ruim
- Patrick Wolf: # Cê ta me zuando? Eu amei!
- Metronomy: # Cê ta me zuando? Eu amei!
- The Ting Tings: # Boto fé!
- N.A.S.A: # Boto fé!
- Anthony Rother: # oi?


Ficou muito pessoal?

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Planeta Terra e lições inusitadas de urbanismo

Em tempos de Copa do Mundo e Olimpíada no Brasil, discutir equipamentos urbanos por aqui ganha novo fôlego, e ainda que infelizmente não na mesma proporção que a quantidade de cagadas que serão cometidas, podem levar a boas coisas.
O que me remeteu a isso não foi criticar o plano do Rio pra 2016, com projeto assinado pelo Sr. X, mudanças que o COI não aprova, que depois são desmentidas e essa salada toda, nem mesmo o projeto do Artigas para o Estádio do Morumbi sendo reformado pelo Ruy Otahke.

Por que falar disso e não falar de bons e inusitados exemplos de apropriação de equipamentos urbanos que as cidades já tem, como o Planeta Terra fez com o Playcenter neste fim de semana?

O festival já vinha por este caminho quando se apropriou da Vila dos Galpões, na zona Sul da cidade. Infelizmente o complexo foi demolido para dar lugar ao novo camelódromo da cidade, e que em teoria vai desafogar o Largo 13.

Antigo layout do Terra.

Isso em si já é um absurdo, ainda mais considerando o que o Mauger bem apontou: patrimônio histórico industrial de São Paulo não é a meia dúzia de galpões de tijolinho no Brás, mas sim estes empreendimentos em concreto armado dos anos 1960. Como a nossa cidade pratica uma permanente destruição da memória, lá se foi a Vila.

Só que isso deu chance de eles descobrirem o Playcenter, e foi a descoberta mais esperta desde o sorvete de goiaba com queijo.

Passagem de som do N.A.S.A. e Casa Dos Horrores


Porque eles acharam um lugar com infra pra dezenas de milhares de pessoas passarem em um dia, entretenimento a valer, espaço para shows com qualidade, e a chance de fazer alguma coisa totalmente diferente.

Teve gente que achou que a comida estava meio ruim (pra mim sempre é) e não tinha opções sem carne, mas ter um banheiro de verdade, limpo, sem fila e com papel às 3hrs da matina compensam tudo isso. E isso é mérito do Playcenter.

Assim como poder ir em um monte de brinquedos sem fila, me refrescar no brinquedo de água com o calor do cão que fez durante o dia e rir que nem bocó no carrinho de bate-bate, ouvindo boa música e cercada de gente que parecia tão feliz quanto eu de se ver naquela situação.

Eu fiquei realmente encantada.

E entendo perfeitamente que parque de diversões e música não tem nada que ver com esporte, mas eu realmente acho que esse tipo de iniciativa tem que ser lembrada quando JÁ estão reformando os equipamentos que fizeram pro Pan – e falaram que iam servir pras Olimpíadas – porque estão pequenos/obsoletos/mal cuidados.


É, teve shows incríveis também, o Iggy se superou, o N.A.S.A. foi fenomenal... E umas outras coisas que foram só ok. Mas disso a gente fala depois.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Festival Planeta Terra 2009 - Minhas apostas!

Depois da longa espera, o grande dia está chegando. O Putzcaramba! está em contagem regressiva!!! É agora, meus queridos putzcarambenses!, dia 07 de novembro que o Festival Planeta Terra acontecerá. E, para aquecer os motores, escutei as 14 bandas confirmadas para o festival. Três bandas foram eleitas como enredo deste post tão pretencioso.

As bandas confirmadas: Iggy & The Stooges, Sonic Youth, Primal Scream, N.A.S.A, The Ting Tings, Maximo Park, Metronomy, Etienne de Crécy (live act), Macaco Bong, Móveis Coloniais de Acaju, Copacabana Club, EX!, Patrick Wolf,Anthony Rother.

As 3 bandas foram eleitas seguindo meu rígido critério:

1- Eu tentei cantar junto?
2- Eu dancei?
3- Eu achei intrigante?
Vamos lá!

1- Maximo Park, eu tentei cantar junto.
Banda britânica formada em 2003, cujo nome foi inspirado no ponto de encontro, em Havana, dos revolucionários; Maximo Gomez Park.A banda já lançou 4 discos e mostra, ao meu ver, um trabalho consistente.É a minha aposta de show para o "Sonora Main Stage".


Veja aqui o clipe.

2- The Ting Tings, eu dancei.
Banda britânica formada em 2004, cujo nome eu não faço a menor idéia de onde surgiu.A banda só lançou um disco até agora, tornando a maioria das músicas em single. Não vejo muita consistência, mas vejo muita dança na pixta.É minha aposta para o "Coca-Cola Zero Stage".




Veja aqui o clipe.

3- Patrick Wolf, me intrigou.
Cantor britânico, Patrick Denis Apps, nasceu em 30 de junho de 1983.Já lançou 5 discos e mostra, ao meu ver, um trabalho consistente.Além de me intrigar, me identifiquei com o seu nome artístico (e aqui se vai meu pseudônimo).


Veja o clipe aqui.



Muito bem, eu confesso ter algum problema com os sons produzidos por bandas britânicas. Mas, essas são minhas apostas e, quais são as suas???

Hasta.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O grande vencedor de ingressos pro Planeta Terra Festival é...


É com orgulho que anunciamos o grande vencedor do Putz!Concurso por ingressos ao Planeta Terra Festival! Na verdade é com orgulho e dor no coração, porque as respostas eram ótimas e a gente achou horrível ter que escolher só um, mas como ingresso não dá em árvore, tinha que ser assim...

Refrescando a memória, o que os concorrentes tinham que responder em um textinho ou fotomontagem era:
Se o ônibus da sua banda quebrasse no meio da estrada...
1. Quem seria a sua banda?
2. O que você teria no seu onibus que te salvaria dessa enrascada?
3. Pra quem você ligaria por socorro?

E o vencedor é.... Tan tan tan tan...


Thiago Antunes!

“Na longa e sinuosa estrada perto do cais que minha banda, os Beatles, percorremos na turnê havia uma pedra no meio do caminho. O pneu furou e ficamos a ver submarinos amarelos. Por sorte havia um megafone disponível no ônibus. Sem pestanejar, os quatro rapazes gritaram: HELP!”

Por causa dessa resposta muito esperta e simpática ele ganhou um par de ingressos pra ver o Terra. Nada mal!

Vamos ainda conceder duas menções honrosas, que apesar de não ganharem nenhum prêmio, fizeram a nossa semana mais feliz:

A primeira menção honrosa vai para a Kelly Kawakami e sua fantástica fotomontagem!


E a segunda, para a Raquel Iraha e sua fantástica piração!

"Minha banda seria Alex Kapranos, Paul Smith, Didi Gutman, meu amigo Victor e minha irmã Isabel, e se chamaria Os Chapolins! Eu teria bolhas grandes plásticas com ziper e uma bomba de ar para enchê-las, caso eu eu ligasse para o Chapolin e ele não pudesse nos salvar... Aí era só encher, entrar com os instrumentos, correr e rolar até o local, e ser feliz!"

Bom. É isso gente, obrigada por participarem. Podem ficar tranqüilos que dá próxima vez vai ser sorteio. Agüenta coração!

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Música, arquitetura e os ossos

O final de semana é, para alguns, um bom momento para relaxar, ler um livro, organizar a vida e, para outros, é a melhor hora para sair pra dançar, se divertir, "sacudir o esqueleto". E é sobre essa expressão tão cativante e instigante que darei sequência ao post passado.
Formado por 200 ossos, o esqueleto é a mais formidável, leve e resistente estrutura do mundo; protege nossos órgãos internos e permite que possamos praticar todos os verbos. Nenhuma máquina chega, literalmente, aos nossos pés.


A durabilidade de um esqueleto é incrível!!! Resiste a fatores climáticos, temporais e nos revela comportamento de vidas passadas. Mas, comofaz?

Nossos ossos estão em sempre em atrito. Ao "sacudir o esqueleto", vários ossinhos, em atrito, vão se "quebrando" em pedacinhos. Porém, não tenha medo!!! O esqueleto se renova a cada desgaste.

Nossa! Podemos aprender muito com tal divina estrutura mas, nunca poderemos a reproduzir.

Aproveite cada osso, ilustres leitores e dance junto com os clipes escolhidos, criteriosamente, por quem vos fala.

Apoio visual e auditivo:

Veja aqui (não foi possível incorporar esse por motivos legais)




O osso é mais resistente que o concreto, queridos arquitetos/ engenheiros!!!

O osso é a mais leve armadura, queridos guerreiros!!!

O osso é feito para dançar!!!

domingo, 18 de outubro de 2009

Carmen Miranda-da-da-da


Tá na moda falar de Carmen Miranda. Começou com o aniversário de cinqüenta anos da morte dela em 2005 e continua até este ano com o centenário de seu nascimento. E é por que todo mundo está falando que eu vou falar também? Não, não...

Eu estou falando dela porque fico com a sensação que muito se vê, muito se lê, mas não se faz uma crítica verdadeira a figura de Carmen, provavelmente nosso primeiro ícone pop, bem possivelmente a primeira designer brasileira conhecida no mundo e efetivamente precursora do tropicalismo!

Houve duas homenagens, entretanto, que acho que foram muito bacanas.

Figurino original de Carmen (foto minha)

A primeira foi no SPFW do inverno de 2009, em que, apesar de parecer que o tema “Carmen Miranda” estava lá só pra fazer graça, tinha uma exposição das roupas que ela usava nas apresentações que eu achei fabulosa.

Detalhes do tecido e dos adereços de cabeça (fotos minhas)

Quer dizer, metade da imagem que temos de Carmen Miranda hoje são as bananas na cabeça, mas ver o tecido efetivo em que foram feitas as roupas, os trabalhos de bordado e o refinamento da coisa toda descontróem a cafonice que ficou como repercussão disso tudo.
Mais ainda, deu pra ver como ela era pequena de fato, e não fica o termo vazio de “a pequena notável” que eu preenchi nas palavras cruzadas dia desses.

A outra homenagem que eu vi e achei muito legal foi um show que estava em cartaz no fim de semana passado, e infelizmente não deu tempo de eu escrever a tempo de fazer a propaganda pra vocês poderem ver, mas aviso na próxima vez que tiver.

Chama Na Batucada da Vida, título extraído de uma das músicas da portuga, com música cantadas por Lucinha Lins, Virgínia Rosa e Célia.

Primeiro já é muito legal pela releitura das músicas, que dá um peso e uma contemporaneidade sem perder a essência do que ela propunha. Não bastasse as músicas, as três dão um show de simpatia e mostram que estão muito felizes com o projeto, assim como os músicos, o que sempre deixa qualquer espetáculo muito melhor.

A mesma idéia de releitura é feita para os figurinos e para o cenário do espetáculo, pegando elementos chave das roupas de Carmen, mas aplicando sobre um fundo preto e garantindo o refinamento que ela merece, o resultado é demais.





quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Festival Planeta Terra - Putz! Concurso!

Depois de muita conversa e indagações pertinentes sobre como seria o formato deste tão aguardado "Putz! Concurso", é com orgulho e calor no coração que damos a grande largada!
Para você, querido putz!leitor, que cansou de pegar o ônibus cheio, que sonha no sucesso da sua banda imaginária, que estuda arquitetura e foi até Brasília de ônibus e na volta o pneu furou ou, simplesmente, para você que tem uma alma livre e aventureira, nós perguntamos:

Se o ônibus da sua banda quebrasse no meio da estrada:

1. Quem seria a sua banda?

2. O que você teria no seu onibus que te salvaria dessa enrascada?

3. Pra quem você ligaria por socorro?

Imagem produzida aqui mesmo no Putz! para incentivo geral da nação Terra.

Redija uma frase/miniredação com aproximadamente 400 caractéres, respondendo às perguntas acima, mande para o putz!e-mail (carambaputz@gmail.com) e concorra a INGRESSOS para o Festival Planeta Terra!!! Ou, faça uma fotomontagem putz!legal que expresse todas as respostas!

Aceitamos envios de respostas até o dia 23 e, dia 26 divulgaremos resposta aqui no Putz! E tem que ser uma Putz! resposta!

Boa Sorte!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Mais notícias do Planeta Terra


Amanhã vamos lançar nosso incrível concurso para ingressos pro Planeta Terra aqui no Putz, mas enquanto isso, contamos mais sobre o que eles estão fazendo. Essa dica é útil porque é uma chance de você pode tentar ganhar ingressos e mais, na promoção do próprio Festival.
É assim ó: vai ter um ônibus de verdade lá no estacionamento do Playcenter, de frente pro palco principal, e este ônibus vai ter o que você quiser que tenha! Isto é, se você vencer a parte virtual da coisa.
No site oficial você monta seu ônibus, escolhe as opções de coisas que você quer no ônibus dentre as coisas que eles selecionaram (hot dog, massagem, cerveja, pirocóptero...) e daí angaria fãs. O ônibus mais votado vai ter as coisas escolhidas de verdade e o vencedor ainda vai com cinco amigos ver o show de lá.
Ainda, outros vinte passageiros poderão ser eleitos pra ficar lá também.


Muito legal! O Putz não vai fazer seu próprio ônibus, mas vai ajudar nas campanhas alheias. Quem fizer um, pode fazer a propaganda aqui que a gente segue!

E amanhã... O nosso zúper concurso, e quem sabe, 2000 pt. 2.

domingo, 11 de outubro de 2009

2000 - o ano da virada (pt.1)

Os anos 2000, além de transição de década, século e milênio, foi da música também. Porque se o ano do pop já tinha ido, e o novo rock estava chegando, o que resta?
Neste ano, June of 44, Rage Against The Machine e Smashing Pumpkins terminaram. Já acho isso bem significativo do fim de uma era. Pelo outro lado, saca a listinha de bandas que começaram neste ano: Animal Collective, The Darkness, Karelia, The Fiery Furnaces, The Futureheads, Hot Chip, The Russian Futurists, The Von Bondies, Scissor Sisters, Yeah Yeah Yeahs... Tem uma ou duas aí pelo menos que concorrerão ao melhor disco do ano dos próximos posts, e com certeza todas vão aparecer por terem lançados excelentes trabalhos.

Mas o que aconteceu em 2000?

Eels, Death Cab for Cutie, Black Label Society, Elliot Smith, Distillers, Pearl Jam, Blonde Redhead, Dandy Warhols, Green Day, PJ Harvey, Godsmack, Outkast, Spice Girls, Offspring, Creed, Destiny’s Child, Richard Ashcroft, Placebo e Backstreet Boys lançaram trabalhos neste ano.

Também foram lançados o Stiff Upper Lip, do AC/DC e o Standing on the Shoulder of Giants, do Oasis, atestando que shows de estádio não morrem. Machina/The Machines of God foi a despedida em grande estilo do Smashing Pumpkins.

Dois discos bizarros que eu ouvi MUITO foram WYSIWYG do Chumbawamba, e todo mundo dançou Tubthumping. E ouvi bastante The New America, do Bad Religion, que aliás fez show naquele ano, mas eu não podia ir porque eu tinha uma festa de 15 anos.

Mas vamos falar de pop. O Hanson lançou This Time Around, que foi o fim deles pra minha geração; Bowling for Soup, que nunca mais apareceu teve o single chiclete, No Doubt ainda parecia legal, Matchbox 20 também.

Britney já lançou logo seu segundo CD (não é a toa que ficou biruta, coitada...), Eminem também (não é a toa que ficou biruta, coitado...). Mas até aí a Madonna lançou Music e ficou no seu nível de sanidade habitual. Coldplay! Com Parachutes, e Yellow, com Chris Martin novinho andando na praia. Nunca fui muito com a cara deles, mas marcou época também.

Mas agora ao ranking...
Um disco de covers, o que parece arriscado. Mas os covers são tão bem tocados que estão a par de igualdade ou melhores do que as músicas originais, e também no mesmo nível do repertório de músicas próprias da banda.
Em terceiro lugar... Renegades, do Rage Against the Machine.


Um disco de trilha sonora, o que parece arriscado. Mas a trilha sonora só com músicas originais e compostas por uma artista fabulosa, que neste caso também era a atriz principal do filme. É a trilha sonora de Dançando no Escuro, do Lars Von Trier (filme aliás, imperdível).
Em segundo lugar... Selmasongs, da Björk.


Pra mim, assim como o ano 2000 foi um ponto de virada para muito do que se estava fazendo, foi também para o que eles estavam fazendo. Eles deixaram de ser uma banda realmente boa, pra uma banda com um gênero só pra si, pra dizer o mínimo. E na verdade, mesmo com tudo o que eles fizeram nesta década, este CD ainda é o meu preferido deles.
Em primeiro lugar... Kid A, do Radiohead.



Na seqüência... Mais 2000. Coisas estupendas que eu só ouvi depois, mas que não posso deixar de falar.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Festival Planeta Terra - happy hour

Confiantes do Putz potencial de nosso blog, Mina e eu fomos para o happy hour do Planeta Terra Festival. Depois de um brinde, alguns salgados e as devidas apresentações (sou nova no pedaço) nos mostraram, em primeira mão, toda a divulgação que envolve este festival. Achei super interressante a explicação dos publicitários sobre como surgiu a idéia para tal divulgação, interessante mesmo. De cara, lembrei do filme que gosto muito: "Quase Famosos".

Não entendo nada de publicidade, mas arrisco palpites sobre fotografia e proporção e, sendo assim, digo que está tudo muito bonito, que a ídeia é simples e bem elaborada.

Basicamente, eles resgatam essa idéia do ônibus como principal meio de transporte das bandas. Da emoção que é a chegada de uma banda para um show na cidade. E se preparem, pois este ônibus poderá ser seu lugar particular no show! Fiquem ligados no site oficial!




E a boa notícia do blog é: temos INGRESSOS para serem sorteados (ainda não sabemos como) aqui no PUTZ!!!! Não é o máximo???

E, claro, contaremos tudo sobre o Festival aqui!

Terra à vista!!!Aí vamos nós!!!

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

UM ANO!!!

PARABÉNS, PUTZ!!!




Hoje o Putz faz um aninho de vida... Que fofo. Em homenagem olhei os posts dos últimos doze meses, e devo dizer que ele está repleto de assuntos fascinantes!

E ele agora já tá crescidinho, ganhou mais gente pra escrever e melhorar e espero que seja o primeiro de muitos!

Agora, o mais legal mesmo, é que de presente, o Putz (representado desta fez por Queen Anne et moi) foi mais uma vez convidado a ser embaixador do Planeta Terra Festival! Iremos a um happy hour hoje pra maiores informações do que vai ter de bom este ano (fora o line-up, que está ótimo, mas fica para outro momento), e depois contamos para todos!

É pique, é pique, é pique! Alguém sabe o que diabos isso significa?

Mudando totalmente de assunto, não SUPORTO mais essa música da Pink começando toda vez que entro aqui... Que armadilhas que criamos para nós mesmos, não é mesmo? Coisa de louco...

domingo, 4 de outubro de 2009

O JANTAR

...Dando continuidade a minha trilogia alimentícia sirvo hoje O JANTAR.

Naquele mesmo fim de semana meu pai teve uma vontade que não tem muita cara de pai. Mas do meu tem.

- Amanhã nós vamos jantar um hanburguer gigante!

Disse isso olhando para mim quando adentrei a sala de estar.

Feche os olhos e imagine um familiar falando isso para você, a cara que você faria. Se a sua cara é de feliz com interrogação você me entendeu.

Melhor do que a minha cara era a dele, de alegria.

Já a da minha mãe, na cozinha, era algo indescritível. Acho que era cara de "Como assim? Vai sobrar para mim!".

Contei para alguns bons amigos no mesmo dia. E desde então aguardam e me cobram as fotos do acontecido. E vocês que aguardam com água na boca, me desculpem pela demora.

Então chegou o grande momeno, o dia seguinte da ideia, o dia de ter O JANTAR.

Papai fez compras.
Chegou com as compras e foi lá fazer seu hamburguer gigante.

-Pai, que tamanho vai ser o hamburguer?

-Do tamanho do prato.

-Hum... Do tamanho da frigideira né!

- É.
- Pai, como você vai virar ele quando tiver que fritar o outro lado?
- Com a tampa (com uma cara de "é obvio" que me deu raiva).

Quanta experiência legal de vida papai me passa, logo pensei.

Quando eu era pequena ele me dizia que tinha inventado o Danoninho.
Também tirava motor das bonecas e fazia barquinhos para eu por na piscina. E tudo bem as bonecas firarem sem falar aquelas coisas repetidas porque elas ja estavam bem lindas com a maquiagem que a mamãe me ensinava a fazer, com canetinha. Maquiagem definitiva.
Mas essas coisas não vem ao caso. Mas vem um sorriso interno quando lembro.

- Pai, posso te ajudar?

- Pode... Pega as coisas na geladeira, põe a mesa, corta o pão, põe alface, tomate...
-Pai, você só vai fazer o hangurguer então, a parte carne, o resto fica tudo pra mim? Hahaha!
- Hahahaha, é.... A minha parte é a mais legal e mais importante.
- Filha, chama os vizinhos, da para dividir em 6 partes isso.
- Antes pega a coca na geladeira.
- Tá bom, to indo. (saltitando)


Esta foi a primeira tentativa, e deu certo.
Como podem ver não achamos pão de hamburguer deste tamanho mas da proxima vez a gente manda fazer na padaria.
E vai ter próximo. Com data e local marcados.
Mando as fotos e conto como foi... Vai ser bem incrementado.

E aguardem...... A SOBREMESA.

sábado, 3 de outubro de 2009

Relatos de um show incrível

Tem alguma coisa incrível, que eu não sei explicar, algum ar incomum, que eu só consigo sentir quando escuto essa banda. É uma mistura equilibrada e pesada de som, charme e arte.

A banda? Franz Ferdinand.

Os moços, Alex Kapranos (vocal principal/guitarra), Nicholas McCarthy (guitarra/vocal/teclado), Paul Thomson (bateria) e Bob Hardy (baixo), foram uma das principais atrações do VêEmêBê deste ano, 2009. E, nesta breve passagem por São Paulo, a banda tocou para cerca de mil pessoas na buatchy "The Week", com patrocínio da "Smirnorff", no dia 30/8.
E daí? Eu fui!!!

Eles abriram o show com "No you girls", single do terceiro álbum "Tonight" e já senti as pessoas me empurrando, pulando e tentando chegar perto da grade. A sorte foi que, me empurraram pra perto da grade e, fiquei por lá mesmo!!!
Vi de perto a verdade da banda. É de verdade. Consegui reparar em cada um deles:


foto: Doda Lobo

O Kapranos é, como dizem, um showman: dança com estilo próprio, toca guitarra com vontade, tem voz séczy e olhar 43. Apareceu com novo visual, um bigodinho caliente!!! A Doda adorou.
Ele abraçou uma porção de pessoas que estavam bem na minha frente. Senti o amor!!!


foto: Doda Lobo

O Nicholas McCarthy é, como eu diria, superdeliciaincrível. Ele canta "Tell her tonight" e abraça a sua guitarra de forma única. Toca teclado e dança estalando os dedos. E, durante uma das músicas, ele escalou o mezanino e foi, com a guitarra, até o bar e se jogou, de costas, na galera!!! Isso foi mto rock n' roll mesmo.

foto: Doda Lobo

O Bob é, a linha grave da banda. O Bob é o groove!!! Parece ser o integrante mais calmo da banda, e é o predileto da Mina. Ele anda pouco pelo palco e veio com uma câmera que gravou partes do show: http://www.kyte.tv/ch/177561-franzferdinand/576080-sao-paulo

foto: Doda Lobo


O Paul é batida, claro, mas não é qualquer batida. Ele toca com um "drum set" simples e define a pegada dançante da coisa toda. Só saiu de trás da bateria, no final do show, para jogar as baquetas. Fui um empurraempurra, chutaqueeupego, deixaqueéminha, horrível para ver com quem ficaria as baquetas.

foto: Doda Lobo

O "setlist" misturou bem as músicas dos 3 álbuns e, tocaram até um b-side que a platéia pediu, "Van Tango". Um dos pontos mais altos do show!!!


Set List:

"No You Girls" (3 disco, "Tonight")"
The Dark of the Matinée" (1 disco, "Franz Ferdinand", 2004)
"Walk Away" (2 disco, "You could have it so much better", 2005)
"Tell Her Tonight" (1)
"Can't Stop Feeling" (3)
"Do You Want To" (2)
"Bite Hard" (3)
"This Fire" (1)
"What She Came For" (3)
"Take Me Out" (1)
"Ulysses" (3)
"40" (1)
"Outsiders" (2)

bis:
"Michael" (1)
"Van Tango" (b-side de "Darts of pleasure" do 1 disco)
"Turn It On" (3)
"Lucid Dreams" (3)

É o tipo de show pra cantar junto, dançar e esquecer de tudo mesmo. Ano que vem tem mais, as datas já estão marcadas: Porto Alegre (18/3), Rio de Janeiro (19/3), Brasília (21/3) e São Paulo (23/03).

"Do you want to?

terça-feira, 29 de setembro de 2009

É ruim... Mas eu gosto.


Perdeu o foco? Então vem comigo!

O post sobre o melhor disco de 2000 está vindo. Mas enquanto ele está no forno, ficando redondinho e saboroso, coloco uma distração amiga, porque disso eu manjo. E pra não ficar completamente perdido (o que não posso dizer da minha última falta de foco), dessa vez me mantenho no âmbito musical

Eu, evidentemente, acho que eu tenho bom gosto pra música. Mas eu sei que às vezes eu gosto de umas coisas medonhas. E como Queen Anne já nos disse, remetendo aos grandes poetas menudos, não se reprima. E não é trash cult não, é só ruim.

Por isso resolvi homenageá-las, até porque estou com uma nova favorita, no fantástico, elaborado, profundo e magnífico... Mix tape trash!

E já aproveito pra mostrar esse fazedor de mix tapes. Muito simpático. Talvez só eu não conhecesse porque costumo estar atrasada pra essas coisas, mas você vai lá, procura a música, monta a lista e pimba! Cá está a minha.
Eu tive que tirar a fitinha porque estava insuportável entrar aqui e começar aquela música. Parecia de fundo, um terror.

domingo, 27 de setembro de 2009

"A vida não tá fácil pra ninguém." 1 - O LANCHE DA TARDE

"A vida não tá fácil pra ninguém!" ( disse o amigo da Mina no bar)

Foi a frase que me marcou neste fim de semana. É.... tá f.. mesmo.

Todo mundo tem problemas e tem gente que até inventa uns extras. Acho que o importante mesmo é a gente levar como pode, fazer bem feito e se divertir com o maior número de coisas e pessoas possíveis.

Vivo muitas coisas bem engraçadas e divertidas... Mas o que vou postar segue a linha das outras outras coisas que coloco aqui. Sempre alguma coisa nova e curiosa que eu adoraria ter ou já tenho.

Resolvi dividir o dia de hoje em 3 episódios.
Vamos ver como um domingo em casa com a família pode ser bem divertido sem querer.

16h - Fominha da tarde.

A ideia é comer algo leve para aguardar um jantar legal.

- Hum... uma banana na fruteira.

- Nossa, que banana diferente!!!

- Mãe, olha essa banana que gordinha....(em pensamento - Caraca mano, essa banana é muito larga)

- Ah filha, deve ser gêmea!

- Como assim gêmea mãe??? Deve ser uma de espécie diferente que nasceu no cacho errado...

- MANHÊEE, VEM VER!!! PEGUEI UMA BANANA GÊMEA!!!!!!!!!!!


(me desculpam pela qualidade da imagem, na emoção tirei a foto com a maquina do celular mesmo.)




...... Não percam, no próximo episódio, O JANTAR ......

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Amenidades e moda pra uma quinta-feira bunda

Vi no Mera Doxa, amei e copiei esse site divertidão da matemática da moda.

Resultados reais com referências peculiares. Até porque se monsieur Jean Paul Gaultier tivesse estas imagens ao fazer a coleção, teria disfarçado um pouco melhor a inspiração.
Apresento-lhes, Fashematics. Dá pra perder um tempinho feliz vendo as continhas de padaria da alta costura, e um outro pouquinho lendo o post original.
Ainda, pra quem estiver tão concentrado como eu, a bibliografia do JP, além de ter um bebê-medo, tem croquis muy belos. Eu sempre achei ele bem cafona, mas o currículo impressiona.

Mas o mais estranho mesmo, é que o site que hospeda o Fashematics, também tem isso.

O que me leva à última nota do dia. Esses olhinhos, tão comuns em todos os programas de arte para crianças do Discovery Kids, são realmente fascinantes. Será que toda criança norte-americana tem um pote de google eyes pra brincar a valer? Além de serem felizes, elas percebem que google não é uma palavra inventada.

E esses olhinhos ainda fazem uma parte muito assustadora do Bob Sponja - O Filme.

Eu gosto MUITO de Bob Sponja. Sem medo de ser feliz, recomendo esse filme, cheio de emoção, aventura... E David Hasslehoff, o que é curiosamente bom, neste caso.

Porque pra essas abobrinhas eu sempre tenho tempo. De volta ao TFG...

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

1999 - o ano do pop

O fim do ano vem chegando e eu já decidi qual eu achei o melhor álbum de 2009. Mas para dar graça, eu resolvi listar qual eu achei o melhor álbum do ano dos últimos dez anos! Alguns eu já sei sem nem pensar. Outros eu preciso quebrar mais a cabeça...

O truque é que eu só posso escolher o álbum pela minha opinião naquele ano. Um olhar retrospectivo seria injusto, por exemplo, com a escolha do melhor álbum de 1999, do auge dos meus treze anos.

Pra começar a série, vamos então ao começo da minha adolescência e o que moldava minha jovem cabecinha (além é claro, de álbuns mais antigos, mas eles não fazem parte da brincadeira). Tive que fazer uma certa pesquisa, mas estou bastante convicta do resultado.

Nas referências a seguir, o link pros clipes destes singles. No mínimo, divertido. Não, não tem música brasileira, fiquei com preguiça.

1999 foi o ano em que lançaram Cristina Aguilera e Britney Spears no mundo da música. O ano em que os Backstreet Boys lançaram o primeiro CD que não fez tanto sucesso. Também teve os singles chicletes de Smash Mouth e Bloodhound Gang, insuportáveis. Pior que as duas juntas, Mambo n°5, do one hit single Lou Bega! No Scrubs, do TLC e umas vinte músicas idênticas do Goo Goo Dolls (ah, Iris...), são referências fáceis pra atestar que definitivamente era o ano do pop. Mas nenhum desses foi o melhor disco do ano.


Ah, a pureza dos anos 90...

Nookie do Limp Bizkit e My Name Is, do Eminem também são deste ano, mas que também não faziam a minha cabeça. Já Last Kiss, do Pearl Jam, foi cantada e tocada até o limite da sanidade!

Foi também o ano em que os White Stripes lançaram seu primeiro álbum, The Donnas o terceiro. E eu ainda não conhecia estes novos rocks. Muito menos saberia que White Stripes viria a ser uma das melhores bandas da próxima década e The Donnas... Não.

O acústico da Alanis e o Best of do Sublime, que fariam a trilha sonora das viagens de verão de todo mundo que eu conhecia, também foram lançados neste ano. E o Live Era, do Guns and Roses (será que naquela época eles já prometiam o fiasco Chinese Democracy?) com a fofa It’s Alright.

E esses eu ouvi. Muito.

Teve até Make Yourself, do Incubus, que divide um honroso segundo lugar, porque eu ouvi a valer. Divide, no caso, com Rage Against the Machine, no Battle of Los Angeles, que, bem longe do pop, também marcou o fim da década. E do RATM.

Mas teve O álbum. Que todo mundo ouviu, lançado em sete de julho de 1999, produzido por Rick Rubin, e que ainda por cima tinha a volta do John Frusciante.

O sétimo álbum de estúdio do Red Hot Chili Peppers: Californication.

Foi com este álbum que eu aprendi o conceito de ‘vaca leiteira’. Seis singles! Cara, é muito single. E que todo mundo deve saber cantar de cor até hoje.

Primeiro, a cláááássica e hoje inescutável de tão saturada, Scar Tissue. Depois Around The World, que me fez começar a ter aula de bateria. Não satisfeitos, lançaram Other Side, que tem um dos clipes mais legais da época. Quer mais? Californication. Acabou? Não, ainda teve Parallel Universe e Road Trippin, que não explodiram como as outras, mas também, chega.



Eles ganharam um milhão de prêmios. Esta turnê veio pro Brasil, em 1999 mesmo, eu fui! E sei que não estou sozinha em ter ouvido muito este álbum, que hoje é inaudível de tanto ter sido tocado pelas rádios e pela televisão.


Mas marcou época, e por isso ganha como melhor álbum de 1999, na minha humilde opinião.

Semana que vem, o começo da virada, os anos 2000!

Ou um pouco mais. Deu bastante trabalho esse post!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O Rock 'n Roll e a Arquitetura

Wilco é uma banda de rock de Chicago, Illinois. Em 2002, lançaram "Yankee Hotel Foxtrot", um de seus mais aclamados discos.
Bertrand Goldberg foi um arquiteto de Chicago, Illinios. Em 1964, lançou as "Torres de Marina City", um de seus mais aclamados projetos.

Goldberg, aos 18 anos, foi estudar na Bauhaus e trabalhou no, ainda pequeno, escritório de Mies Van der Rohe.
Jeffrey Tweedy, vocalista da banda Wilco, aos 18 anos tocava em uma banda chamada "The Plebes".

Em 1937, Goldberg volta para Chicago e abre seu próprio escritório.

Em 1994, "Wilco" é formada.

Demorou 38 anos para eles, arquiteto e banda, se encontrarem.
Basta admirar a capa do disco "Yankee Hotel Foxtrot" e perceber que ali está "Marina City". Porém, poucos sabem disso.



As "Torres de Marina City", com 60 andares, foram na época, as torres de concreto mais altas do mundo!
As torres são parte de um complexo implantado nas margens do Rio de Chicago, perto do "Millenium Park".



O complexo é formado por um edifício de escritório de 16 pavimentos, um teatro, as torres de habitação/estacionamento, uma marina e espaço comercial na base das torres, pista de skate e pista de patinação de gelo.


Tal programa do complexo foi pensado como solução para os problemas causados pelo zoneamento de bairros comerciais e residenciais. Assim, a "Marina City" funcionaria como um "cidade dentro da cidade", segundo o arquiteto, acontecendo em dois turnos; o diurno e o noturno.


É importante dizer que esse projeto foi pensado em uma época (1960-1970) em que os arquitetos se mostraram insatisfeitos com as releituras das idéias do Modernismo, pois este já não fazia mais sentido no contexto social e principalmente, questionavam a concepção do desenhos das novas cidades. Diziam que a cidade não poderiam mais ser pensadas com as antigas, fixas e estáticas, deveriam ser dinâmicas.

Há dois tipos de apartamentos: a quitinete, que ocupa uma "pétala", e o apartamento com um dormitório, que ocupa uma "pétala" e meia.


Recomendo o projeto e o disco, juntos e separados.

Goldberg dizia que a arquiteura é uma arte pública que mostra para as pessoas o que elas têm pensado. E foi exatamente o que o "Wilco" pensou.