Tá na moda falar de Carmen Miranda. Começou com o aniversário de cinqüenta anos da morte dela em 2005 e continua até este ano com o centenário de seu nascimento. E é por que todo mundo está falando que eu vou falar também? Não, não...
Eu estou falando dela porque fico com a sensação que muito se vê, muito se lê, mas não se faz uma crítica verdadeira a figura de Carmen, provavelmente nosso primeiro ícone pop, bem possivelmente a primeira designer brasileira conhecida no mundo e efetivamente precursora do tropicalismo!
Houve duas homenagens, entretanto, que acho que foram muito bacanas.
Figurino original de Carmen (foto minha)
A primeira foi no SPFW do inverno de 2009, em que, apesar de parecer que o tema “Carmen Miranda” estava lá só pra fazer graça, tinha uma exposição das roupas que ela usava nas apresentações que eu achei fabulosa.
Detalhes do tecido e dos adereços de cabeça (fotos minhas)
Quer dizer, metade da imagem que temos de Carmen Miranda hoje são as bananas na cabeça, mas ver o tecido efetivo em que foram feitas as roupas, os trabalhos de bordado e o refinamento da coisa toda descontróem a cafonice que ficou como repercussão disso tudo.
Mais ainda, deu pra ver como ela era pequena de fato, e não fica o termo vazio de “a pequena notável” que eu preenchi nas palavras cruzadas dia desses.
A outra homenagem que eu vi e achei muito legal foi um show que estava em cartaz no fim de semana passado, e infelizmente não deu tempo de eu escrever a tempo de fazer a propaganda pra vocês poderem ver, mas aviso na próxima vez que tiver.
Chama Na Batucada da Vida, título extraído de uma das músicas da portuga, com música cantadas por Lucinha Lins, Virgínia Rosa e Célia.
Primeiro já é muito legal pela releitura das músicas, que dá um peso e uma contemporaneidade sem perder a essência do que ela propunha. Não bastasse as músicas, as três dão um show de simpatia e mostram que estão muito felizes com o projeto, assim como os músicos, o que sempre deixa qualquer espetáculo muito melhor.
A mesma idéia de releitura é feita para os figurinos e para o cenário do espetáculo, pegando elementos chave das roupas de Carmen, mas aplicando sobre um fundo preto e garantindo o refinamento que ela merece, o resultado é demais.
2 comentários:
O show e a exposição são mesmo sensacionais. Nunca tive muito interesse por ela, provavelmente por essa imagem única das bananas e dos hitzinhos chicletes e universais.
Depois de ver um pouquinho mais, valorizei bem. Agora é só assistir o Copacabana, que é com ela e com os irmãos Marx. Pimba.
A Mina sempre me surpreendendo. Eu tb nunca tive muito interesse pela Miranda mas, vi um mini-filme sobre a vida dela e achei dygno. E, depois desse post, mais ainda!
Gostei da desenvoltura ao falar do figurino!
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