quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Marcia Nolte e Customizações


A Cá me mandou um link com pedido de post muy interessante do trabalho de uma artista plástica chamada Marcia Nolte.

Ela fez fotomontagens (como TCC!) um pouco aflitivas, devo dizer, de corpos humanos adaptados à hábitos e tecnologias. Chama-se, justamente, Corpus 2.0.



Aqui por exemplo, vemos a mulher com o salto alto embutido. Segundo a artista, assim uma mulher pode andar confiante o dia todo!

Essa imagem eu tirei do site dela, onde tem as outras "intervenções". E tem outros trabalhos dela também, mas que não são tão bacanas...

Disso tem pano pra manga pra se discutir desde a adaptação fisiológica (também conhecida como evolução) dos seres humanos para se adaptarem ao mundo - mundo este que agora inclui estas tecnologias e hábitos; até modificação corporal em geral, as chamadas body mods, com enxertos de metal no corpo, línguas divididas e outras personalizações extremas.

Estas por sua vez, abrem o leque para se pensar em padronizações e depois as respectivas customizações. Alguns (não sei bem quem, mas certamente existem) classificariam este fenômeno como uma das grandes características do século XXI, onde se insere o Corpus 2.0.

É fácil, não obstante bizarro, encontrar o conceito de "customização em massa" pesquisando por aí. O que parece uma contradição em termos tem até centro de pesquisa autodenominado assim, estudando como otimizar os processos. Este é um de muitos, mas fica como ilustração.

Para ficar menos abstrato: todo mundo pede hamburguer de uma certa cadeia de fast-food. Mas o meu é com tomate, o seu é sem maionese e por aí vai. Todo mundo come exatamente a mesma coisa, mas com essas pequenas modificações sentimos que o nosso é mais legal, porque é exlcusivo. Vale para roupas, mp3 players, computadores, carros, tênis e o que mais já foi inventado.

Digo tênis, não só porque realmente é muito comum, também porque a Puma está com aqueles mini sites de customização que dá pra ficar pasmando por horas, e que é um exemplo perfeito disso que estou tentando dizer. Então vamos lá fazer nossos tênis idênticos e ficarmos muito felizes com o resultado!

Porque afinal, se existe padronização - mesmo com customização - é porque existe um padrão estético. Um, alguns. Mais isso é assunto pra depois.

6 comentários:

Unknown disse...

Eu como o big mac do jeitinho que veio ao mundo...mas adoro pedir onion rings ao invés de fritas no Joakin´s.
A gente gosta de ser diferente, mas tem que se encaixar de algum jeito...o mundo segue exatamente essa tendência, mas de uma maneira que pode ser um pouco mais assustadora...
De fato, hamburgueres deixam tudo mais simples!!!

ps: fiquei orgulhosa de ver meu nominho...quero colaborar mais vezes...hehehehe

cafeiina disse...

"Eu como o cheddar mc melt do jeitinho que veio ao mundo...mas adoro pedir onion rings ao invés de fritas no Joakin´s."

e gosto de t~enis exclusivos, tipo all star vermelho.
ou azul pra combbinar com o preto de cano alto do nando reis.

Unknown disse...

a individualização acaba quando a vontade de pertencer prevalace sobre a vontade de se destacar.

os processos customizáveis são mais antigos né: cabelo, tatoo, tudo farinha do mesmo saco.

aliás, tem um estudo de adaptabilidade que fala que nossos dedões são muito mais ágeis que os dedões dos nosso pais, vide sms e videogames.

ninguém rala naquele joguinho de prender.

Anônimo disse...

Uau!

Eu mesma um dia fui numa loja que tinha uma camiseta mto bonita...mas custava 300 contos pq era exclusiva! Ha!

O maior "bisurdo" que eu já ouvi.

A única coisa q eu consegui falar pro vendedor foi "peça única??eu tbm posso fazer peça única com camiseta hering e tinta...10 reais!"


Muito bem ki!

leila disse...

como já tinha dito,lembrei de auto-mutilações em geral, hehe!

dentro disso, se quiser, vai atrás, do "ativistas de viena" e do rapaz rudolf schwarzkogler. difícil achar imagens, lembro que minha professora de história da arte mostrou fotos que ela mesma tirou....incrível!

biliro disse...

MIna!
Não li o post, desculpe, estou de ressaca e só não podia esquecer de buscar o teu blog pela internet afora! Digitei putzcaramba no Google e logo apareceu! Da proxima vez juro que volto pra ler de verdade.
Boas festas pra você e pra toda a família Hugert!
Beijos,
Maíra do conservatório :D

ps: me adiciona no orkut (urgh, que toscão falar isso!) - meu sobrenome é Rahme.